Doenças


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Catarata

Catarata é o processo de opacificação do cristalino, um problema que acomete milhões de pessoas e figura como a maior causa de cegueira tratável no mundo.

Quais os sintomas da catarata? O primeiro é o embaçamento da visão, que pode se tornar mais intenso em determinados momentos. Entre os demais estão a presença de halos ao redor das luzes à noite, o aumento da miopia, visão dupla ou sombras na visão. Em casos mais avançados, uma mancha visível pode se formar no centro da pupila.

Como tratar a catarata: A cirurgia é o único tratamento eficaz e pode ser realizada por meio de duas técnicas: extração extracapsular e facoemulsificação, ambas com implante intraocular de lente.

A cirurgia consiste na substituição do cristalino, uma lente natural que fica dentro do olho e que ao se tornar catarata muda a transparência e adquire tonalidade que faz com que se a perceba a visão embaçada.

Hoje a cirurgia de catarata é segura e raramente apresenta complicações. Atualmente podemos transformar a cirurgia da catarata em um procedimento refrativo, que minimiza o uso de óculos no pós operatório.


Miopia, hipermetropia e astigmatismo

Miopia, hipermetropia e astigmatismo são os distúrbios da visão mais frequentes.

A miopia é um distúrbio visual caracterizado por um globo ocular mais “longo”, o que provoca a formação da imagem antes que a luz chegue até a retina.

A hipermetropia é o oposto da miopia, ou seja, o olho é mais “curto”, o que faz com que a imagem se forme depois da retina.

O astigmatismo ocorre quando a córnea tem uma curvatura irregular, ovalada, o que faz com que a luz sofra desvios, concentre-se em diversos pontos e forme a imagem em múltiplas regiões. O problema também pode ocorrer por deformações no cristalino, mas esses casos são menos frequentes. O astigmatismo pode vir associado à miopia ou à hipermetropia.

Correção: Os três distúrbios podem ser tratados com óculos ou lentes de contato, prescritos por um oftalmologista de forma individualizada. Cirurgias também são utilizadas para corrigir esses problemas.


Presbiopia (vista cansada)

A presbiopia, também conhecida como vista cansada, é a diminuição progressiva da visão para perto devido ao processo natural de envelhecimento do olho, normalmente após os 40 anos. A correção é feita com óculos, lentes de contato ou cirurgia.


Dermatocálase

A dermatocálase é o termo médico utilizado para se referir ao excesso e flacidez de das pálpebras. O quadro frequentemente envolve as pálpebras superiores, mas também pode ocorrer na área inferior. As principais causas deste excesso de pele são:

  • Baixa produção de colágeno,
  • Redução da elasticidade da pele,
  • Tecido conjuntivo fraco,
  • Doenças congênitas,
  • Problemas relacionados à tireoide,
  • Tabagismo,
  • Questões hereditárias,
  • Envelhecimento.

O quadro é bastante comum em pessoas idosas, mas também pode ser observado ocasionalmente em adultos jovens. O ponto de vista estético, os pacientes costumam se queixar do peso das pálpebras superiores, bolsas nas pálpebras inferiores e da aparência cansada. Ela pode não só causar transtornos estéticos como também afetar a visão, principalmente por obstruir o campo visual superior. É por isso que muitos pacientes realizam uma blefaroplastia para solucionar o quadro.


Glaucoma

O Glaucoma é uma doença que atinge o nervo óptico e envolve a perda de células da retina responsáveis por enviar os impulsos nervosos ao cérebro. A pressão intra-ocular elevada é o principal fator de risco para o desenvolvimento do glaucoma. Se não for tratado, o glaucoma leva ao dano permanente do disco óptico da retina, causando uma atrofia progressiva do campo visual, que pode progredir para cegueira.

Sintomas: o glaucoma é uma doença silenciosa que pode demorar anos para se manifestar. Um dos principais sintomas da doença é a perda da visão periférica. No começo a perda é sutil, e pode não ser percebida pelo paciente. Frequentemente o paciente não nota a perda de visão até vivenciar a "visão tubular", ou seja, apenas a visão central é percebida, o paciente começa a tropeçar, esbarrar em objetos, porque a percepção periférica é ausente. Se a patologia não for tratada, o campo visual se estreita cada vez mais, obscurecendo a visão central e finalmente progredindo para a cegueira do olho afetado. Esperar pelos sintomas de perda visual não é o ideal. A perda visual causada pelo glaucoma é irreversível, mas pode ser prevenida, atrasada ou estabilizada por tratamento. Um oftalmologista deve ser consultado pelas pessoas com risco de desenvolver glaucoma e/ou que tenham histórico familiar.

Tratamento: Apesar da pressão intra-ocular elevada não ser a única causa do glaucoma, até o momento diminuí-la é o principal tratamento. A pressão intra-ocular pode ser diminuída com medicamentos, em geral, colírios. Caso essa pressão não diminua com o uso de medicamentos, um procedimento cirúrgico poderá ser indicado, tanto a cirurgia a laser (trabeculoplastia) quanto a tradicional (trabeculectomia).


Degeneração macular relacionada à idade

A mácula é a área da retina responsável pelo centro da visão. É através dela que é possível enxergar detalhes tais como reconhecer o rosto das pessoas ou ler um livro. A Degeneração Macular Relacionada à Idade é a doença do fundo do olho, que ocorre em pessoas com mais de 60 anos e é a causa mais comum de cegueira nesta faixa etária. Existem duas formas de Degeneração Macular Relacionada à Idade:

Seca: É a mais comum e pode levar a baixa de visão central devido à atrofia, ou seja, formação de uma cicatriz na mácula.

Úmida ou Exsudativa: Ocorre a formação de vasos anormais na mácula, que causam hemorragia, fluido separação das camadas da mácula. Deve se monitorada e tratada sempre que necessário para retardar ao máximo sua progressão.

Os sintomas e sinais são:

  • Perda de visão para leitura.
  • Dificuldade em reconhecer o rosto das pessoas.
  • Mancha escura na visão;
  • Distorção na visão, chamada de metamorfopsia.

Os tratamentos disponíveis são:

  • Suplementação com vitaminas: pode reduzir a chance de progressão da forma seca para a úmida ou atrófica.
  • Terapia anti-VEGF: é realizada a injeção de medicações para bloquear o crescimento dos vasos anormais no fundo do olho. São necessárias pelo menos 3 aplicações mensais para a estabilização da doença.
  • Terapia Fotodinâmica: é a injeção de uma substância na veia, ativada com a luz de laser, que é aplicada no fundo de olho.
  • Fotocoagulação com laser: pode ser feito em lesões que não estão no centro da mácula, a fóvea.

A indicação de cada tratamento depende da avaliação médica com o Oftalmologista.


Pterígio

O termo pterígio vem do grego e significa "pequena asa". Caracteriza-se como uma prega de tecido fibrovascular em formato triangular ou trapezoidal, que se origina da conjuntiva interpalpebral e se estende para a córnea. Em geral, possui localização na conjuntiva nasal, embora possa também ocorrer na região temporal.

As queixas mais frequentes são de olho vermelho, ardor, queimação, irritação, fotofobia e sensação de corpo estranho. É consequência da quebra do filme lacrimal provocada pela irregularidade superficial da conjuntiva. Entretanto, muitas vezes, as queixas que levam o paciente a procurar tratamento estão relacionadas com a estética.

Existem muitas controvérsias em relação à etiologia e patogênese do pterígio. A radiação ultravioleta – UV (principalmente quando ocorre em jovens e persiste por 2 ou 3 décadas) e a irritação crônica têm sido postulados como fatores causais principais. Afeta adultos e é muito raro em crianças, tendo aumento de sua prevalência com a idade. O uso de óculos com proteção UV e chapéu foram considerados medidas úteis para prevenção da lesão.

O tratamento consiste em proteção dos olhos contra o sol, poeira e vento, além, da lubrificação com lágrimas artificiais para reduzir a irritação ocular. Nos casos de pterígios inflamados, podem ser utilizados colírios para controlar a inflamação, sob acompanhamento do oftalmologista. A remoção cirúrgica é indicada quando o pterígio progride em direção ao eixo visual, o paciente possui irritação ocular excessiva, sintomas que persistem apesar do tratamento clínico ou a lesão interfere com o uso de lentes de contato. Os pterígios podem recorrer após a excisão cirúrgica. A dissecção da esclera nua seguida de um auto enxerto conjuntival ou de membrana amniótica reduz a taxa de recorrência.


Ceratocone

O Ceratocone é uma doença ocular que afeta o formato e a espessura da córnea, provocando a percepção de imagens distorcidas. A evolução do ceratocone é quase sempre progressiva com o aumento do astigmatismo, mas pode estacionar em determinados casos. Na sua fase inicial, o ceratocone apresenta-se como um astigmatismo irregular, levando o paciente a trocar o grau do astigmatismo com frequência. O diagnóstico definitivo desta patologia é feito com base nas características clínicas e com exames objetivos como a topografia corneana e a paquimetria ultrassônica.

Sintomas: O principal sintoma é a visão borrada e distorcida tanto para longe quanto para perto. Alguns podem relatar diplopia (visão dupla) ou poliopia (percepção de várias imagens de um mesmo objeto), halos em torno das luzes, fotofobia (sensibilidade excessiva à luz) e coceira.

Tratamento: O tratamento do ceratocone visa sempre proporcionar uma boa visão ao paciente, bem como garantir seu conforto na utilização dos recursos que serão empregados e principalmente preservar a saúde da córnea. As alternativas de tratamento sempre são avaliadas nesta ordem: óculos, lentes de contato e cirurgias.

As cirurgias empregadas para o tratamento do ceratocone são:

Crosslinking: para estabilização do ceratocone (interromper a progressão).

Anel intraestromal: para corrigir o formato do olho e melhorar a visão.

Transplante de córnea: quando o caso está muito avançado, o único recurso será substituir a córnea do paciente pela de um doador.


Conjuntivite

Conjuntivite é um processo inflamatório da membrana transparente (conjuntiva) que recobre toda a região branca do olho e a superfície interna das pálpebras. As principais causas podem ser:

  • Conjuntivite Infecciosa: é transmitida, mais freqüentemente, por vírus ou bactérias e pode ser contagiosa. O contágio se dá pelo contato. Assim, estar em ambientes fechados com pessoas contaminadas, uso de objetos contaminados, contato direto com pessoas contaminadas ou até mesmo pela água da piscina são formas de se contrair a conjuntivite infecciosa.
  • Conjuntivite Alérgica: é aquela que ocorre em pessoas predispostas a alergias (como quem tem rinite ou bronquite, por exemplo) e geralmente ocorre nos dois olhos. Esse tipo de conjuntivite não é contagiosa, apesar de que pode começar em um olho e depois se apresentar no outro. Pode ter períodos de melhoras e reincidências, sendo importante a descoberta de seu agente.
  • Conjuntivite Tóxica: é causada por contato direto com algum agente tóxico, como colírios, produtos de limpeza, fumaça de cigarro, poluição do ar, sabão, sabonetes, spray, maquiagens, cloro e tintas para cabelo.

Sintomas de Conjuntivite: Um ou mais sintomas podem se combinar: sensação de areia, coceira, olhos vermelhos, fotofobia (sensibilidade à luz), inchaço nas pálpebras e secreção nos olhos.

Tratamento O tratamento depende da causa. Medicamentos (pomadas ou colírios) podem ser recomendados para combater a infecção, aliviar os sintomas e o desconforto. Algumas recomendações podem ajudar:

  • Lavar as mãos com frequência;
  • Não colocar as mãos nos olhos;
  • Evitar coçar os olhos para diminuir a irritação da região;
  • Lavar as mãos antes e depois da aplicação do medicamento;
  • Não encostar o frasco do medicamento nos olhos;
  • Suspender o uso de lentes de contato.

Olho seco

A síndrome do olho seco acontece quando existe diminuição da produção, alteração dos componentes ou aumento da evaporação da lágrima. Essa alteração faz com que exista um atrito entre a córnea e a pálpebra, além de provocar o ressecamento dos olhos.

Os sintomas mais comuns variam entre uma irritação sutil, sensação de areia nos olhos, até uma inflamação maior na superfície dos olhos, com formação de lesões na córnea e conjuntiva. Para evitar que isto aconteça, devemos manter os olhos constantemente hidratados, com colírios lubrificantes ou tratamentos específicos direcionados para a causa do olho seco. O piscar rápido e incompleto que ocorre quando prestamos muita atenção em algo (computador, celular, TV, dirigindo veículos por muito tempo) sempre agrava o olho seco.

Algumas doenças estão relacionadas intimamente com olho seco, tais como reumatismos, problemas na tireoide e o uso de algumas medicações antidepressivas.

Tratamento: A grande maioria dos casos de olho seco resolvem ou são amenizados pela reposição de lágrimas com colírios lubrificantes. Porém, o uso de colírio deve ser prescrito pelo oftalmologista, pois a partir do diagnóstico ele pode indicar o colírio ideal para o problema relacionado à causa. Em alguns casos pode ser indicado o uso de plug para obstruir o escoamento da lágrima para dentro do nariz e desta forma aumentar o volume que fica em contato com os olhos. Em casos mais graves pode ser feito o fechamento cirúrgico parcial da pálpebra para diminuir a evaporação da lágrima. Esse procedimento é realizado em bloco cirúrgico com anestesia local e é chamado de tarsorrafia.


Lacrimejamento

O lacrimejamento consiste em distúrbios das vias lacrimais, no excesso de lágrimas nos olhos. A obstrução da via lacrimal pode ser congênita ou adquirida. A obstrução congênita ocorre geralmente devido à incompleta canalização da porção distal do ducto nasolacrimal. A obstrução adquirida pode ocorrer nos pontos lacrimais e canalículos ou no ducto nasolacrimal.

Tratamento: Em crianças: Casos leves de lacrimejamento apenas são acompanhados, pois na grande maioria ocorre a resolução espontânea até os 2 anos de idade. Passado este período, pode ser necessário realizar uma pequena cirurgia para desobstrução, porém sob anestesia geral por se tratar de criança.

Em adultos: Dependendo do local de obstrução, realiza-se um procedimento rápido sob anestesia local chamado de puntoplastia até um mais complexo sob anestesia geral chamado dacriocistorrinostomia.


Ambliopia

A ambliopia, também conhecida como “olho preguiçoso” é o termo médico utilizado quando a visão se encontra reduzida, mesmo após correção visual com óculos ou lentes de contato, por não ter sido devidamente estimulada na infância. A redução da acuidade visual pode ocorrer apenas num olho (ambliopia unilateral) ou, então, nos dois olhos (ambliopia bilateral). Na ambliopia os olhos são anatomicamente normais, mas por um problema como grau excessivo ou estrabismo o cérebro não recebe a estimulação necessária para o bom desenvolvimento da visão neuronal.

Tratamento: Na ambliopia o tratamento deve ser efetuado de acordo com a causa, o grau de severidade do problema e a idade do paciente. Quanto mais cedo começar o tratamento, melhor o resultado. Normalmente consiste na prescrição de óculos e com oclusão do melhor olho, para estimular o “olho preguiçoso” a trabalhar. Esta medida forçará o olho mais fraco a fixar os objetos e a estimular a visão, ou seja, devemos “forçar” a criança a usar o olho com “visão fraca”. Muitas vezes, é complicado levar as crianças a colaborarem nestas situações. Por isso, é muito importante que os pais colaborem ativamente nos tratamentos preconizados, de modo a evitar danos irreversíveis na visão dos seus filhos. A parte mais importante do tratamento é manter o oclusor durante todo o tempo de tratamento prescrito.


 

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